A ABB FIA Formula E World Championship está de volta ao Brasil e, pelo segundo ano consecutivo, São Paulo será o palco da abertura da temporada. O evento, agora oficialmente batizado como 2025 Google Cloud São Paulo E-Prix, acontece no próximo sábado (6), no Sambódromo do Anhembi, e marca o início da 12ª temporada do campeonato mundial de carros elétricos.
A etapa brasileira mantém a expectativa elevada após o espetáculo visto na última edição, quando Mitch Evans protagonizou uma corrida histórica ao vencer partindo da última posição do grid, em uma prova marcada por ultrapassagens, duas bandeiras vermelhas e uso estratégico do ATTACK MODE. A expectativa dos organizadores, equipes e torcedores é de mais um início eletrizante.
A nova temporada introduz mudanças importantes no regulamento esportivo. O formato de classificação foi ajustado, reduzindo o tempo das fases em grupo e acelerando os duelos em busca de uma dinâmica mais intensa e atrativa. O ATTACK MODE também sofreu alterações e agora pode variar conforme o formato da corrida, permitindo novos elementos estratégicos. Outra mudança relevante está no regulamento financeiro: pela primeira vez, licenças maternidade e paternidade deixam de contar dentro do teto orçamentário, em uma medida considerada histórica para a inclusão e equidade no esporte.
O grid da Fórmula E chega renovado para o início da temporada. Felipe Drugovich, campeão da Fórmula 2 em 2022, fará sua aguardada estreia na categoria pela Andretti diante da torcida brasileira. Lucas Di Grassi, pioneiro da categoria e campeão na temporada 2016/17, também estará em ação diante do público local. Entre as maiores movimentações, a recém-chegada Citroën Racing surge como uma das principais novidades, trazendo Nick Cassidy e Jean-Éric Vergne. Taylor Barnard, revelação da última temporada após o pódio histórico em São Paulo, agora defenderá a DS PENSKE. Outras mudanças incluem Joel Eriksson assumindo vaga na Envision Racing e Pepe Martí estreando na categoria pela CUPRA Kiro.
Com 2,933 km de extensão, o circuito paulistano exige precisão e estratégia. Suas longas retas, combinadas a chicanes técnicas, tornam a gestão de energia, o posicionamento aerodinâmico — especialmente no vácuo — e a temperatura dos componentes fatores decisivos. O clima quente previsto para o fim de semana deve aumentar o desafio para pilotos e engenheiros.
Oliver Rowland, atual campeão mundial pilotando pela Nissan, chega ao Brasil disposto a defender o número um. O britânico afirmou estar preparado para a pressão da abertura da temporada e reconheceu os desafios do circuito, citando o pouco grip e irregularidades do asfalto. Para Felipe Drugovich, a estreia em casa é motivo de emoção e motivação adicional. Segundo ele, correr no Brasil em uma categoria global marcará um dos momentos mais especiais de sua carreira. Mitch Evans, vencedor da prova anterior, também destacou o impacto da torcida brasileira, descrita como “uma das mais apaixonadas do campeonato”.
Fora da pista, a Fórmula E segue ampliando sua reputação como o campeonato mais sustentável do mundo. O evento será alimentado por 100% de energia renovável, utilizará soluções logísticas otimizadas para redução de emissões e dará continuidade a ações sociais e educativas. A Associação PIPA, com sede em São Paulo, volta a ser beneficiada pelo programa Better Futures Fund, com investimento direcionado à inclusão digital e programas socioeducativos. Além disso, o projeto FIA Girls on Track promete reunir até 120 jovens brasileiras em atividades ligadas à engenharia, automotivo, tecnologia e carreiras no esporte.
A corrida está marcada para as 14h05 (horário local) e contará com cobertura da Band e do Bandplay de forma gratuita.
Com novos talentos, mudanças estruturais, tecnologia cada vez mais avançada e o entusiasmo da torcida brasileira, a Fórmula E inicia sua 12ª temporada com expectativa de mais um capítulo memorável — e São Paulo, novamente, será o palco dessa largada rumo ao futuro da mobilidade e do automobilismo mundial.
