Análise do grid da Fórmula E: Campeão de casa nova e montadora francesa chegando

FE tem mudanças em seu quadro de pilotos para a décima primeira temporada

A maior categoria elétrica de monopostos do mundo inicia a temporada 2025/2026 com altas expectativas, após alcançar os maiores índices de audiência desde sua fundação. O grid de pilotos também passou por mudanças significativas, com as saídas de Sam Bird (presente desde a temporada de estreia da F-E) e do campeão da oitava temporada, Stoffel Vandoorne, que também não participará da disputa deste ano.

O campeonato contará com 17 ePrix, começando no dia 6 de dezembro de 2025, na cidade de São Paulo, e terminando em 16 de agosto de 2026, em Londres. Serão 10 países e 4 continentes visitados ao longo da temporada.

A seguir, um guia das equipes que lutarão roda a roda pelo título:

TAG HEUER PORSCHE FORMULA E TEAM

A atual campeã dos construtores, Porsche, terá mudanças em sua dupla em relação à temporada passada. Após um ano de tensão entre seus dois pilotos, a equipe decidiu movimentar o mercado e contratou o suíço Nico Müller, vindo da Andretti. Apesar de ter feito apenas uma temporada na equipe americana, Müller chega para auxiliar o alemão Pascal Wehrlein na busca pelos títulos de pilotos e construtores. Wehrlein continuará sendo o piloto número 1 da escuderia do grupo Volkswagen.

JAGUAR TCS RACING

A britânica Jaguar chega à nova temporada com o objetivo de oferecer a seus pilotos o melhor carro possível para disputar o título. A equipe, que possui o trem de força mais econômico da categoria, manteve o neozelandês Mitch Evans, que teve um desempenho abaixo do esperado no último campeonato, mas ainda conta com a confiança da escuderia. Com a saída de Nick Cassidy, a Jaguar contratou o campeão da temporada 2019/2020, António Félix da Costa, que traz experiência e consistência após disputar o título nas últimas três temporadas. A equipe sonha em conquistar, enfim, um campeonato mundial de pilotos.

NISSAN FORMULA E TEAM

A equipe japonesa entra na décima segunda temporada da categoria com a mesma dupla que levou o britânico Oliver Rowland ao título na última temporada. Rowland teve uma performance dominante, vencendo quatro corridas e conquistando três pódios nas nove primeiras etapas.
Seu companheiro, o francês Norman Nato, teve um desempenho mais discreto, sem vitórias e com poucos pontos, e chega à temporada 2025/2026 pressionado por resultados melhores. Apesar do trem de força consumir muita energia, a Nissan tem um carro com potencial para múltiplas vitórias.

MAHINDRA RACING

Após anos difíceis e um histórico de desempenho fraco, a indiana Mahindra viveu sua redenção na última temporada, conquistando vitórias e mostrando uma curva de evolução positiva, com melhorias no trem de força e na aerodinâmica. A equipe manteve como primeiro piloto o campeão de 2020/2021, Nick de Vries, e o franco-suíço Edoardo Mortara, confiando na continuidade para seguir sua trajetória ascendente.

DS PENSKE

A equipe de Roger Penske chega com mudanças importantes, o alemão Maximilian Günther foi promovido a primeiro piloto após a saída do bicampeão Jean-Éric Vergne. A escuderia aposta na juventude ao trazer o talentoso Taylor Barnard, que surpreendeu em seu ano de estreia ao conquistar o quarto lugar geral no campeonato com sua McLaren.

ANDRETTI FORMULA E

A segunda equipe norte-americana do grid teve uma temporada abaixo das expectativas. O britânico Jake Dennis, principal piloto da equipe, sofreu com quatro abandonos, conquistou apenas dois pódios e não conseguiu nenhuma vitória, o que o impediu de lutar por seu segundo título. A Andretti manteve Dennis e contratou o brasileiro Felipe Drugovich, campeão da Fórmula 2 em 2022. O paranaense fará sua primeira temporada completa na Fórmula E após um bom desempenho no ePrix de Berlim (P7) e ótimos tempos nos testes de novatos, sendo visto como um potencial campeão mundial em pouco tempo.

ENVISION RACING

A Envision busca apagar o fraco desempenho da última temporada, que apesar dos bons momentos de Sébastien Buemi, que encerrou um jejum de mais de cinco anos sem vitórias, a equipe não conseguiu brigar na parte de cima da tabela. Buemi foi mantido e contará agora com o sueco Joel Eriksson, estreante na categoria, em busca de reestruturação e melhores resultados.

CUPRA KIRO

Em sua segunda temporada, a Kiro mira objetivos mais ambiciosos, mantendo o britânico Dan Ticktum, responsável pela primeira vitória da escuderia em seu ano de estreia, e trazendo o estreante espanhol Pepe Martí, que disputa a Fórmula 2 em 2025.

LOLA YAMAHA ABT FORMULA E TEAM

Última colocada no campeonato 2024/2025, a Lola manteve sua dupla para o segundo ano. O “rei da eletricidade” Lucas Di Grassi, piloto com mais pódios e ePrix disputados na história da Fórmula E, continua liderando o projeto de crescimento da equipe. Seu companheiro, o caribenho Zane Maloney, foi o único piloto a não pontuar em seu ano de estreia, mas seguirá com a vaga.

CITROËN FORMULA E TEAM

A montadora francesa Citroën estreia na categoria ocupando o lugar da Maserati, que decidiu se retirar após três anos na competição. Desde a saída da Renault, a Fórmula E não contava com uma equipe francesa. Com um projeto ambicioso de conquistar vitórias num futuro próximo, a Citroën contratou Nick Cassidy, vice-campeão nas últimas três temporadas, e o bicampeão Jean-Éric Vergne, que traz experiência e liderança à nova escuderia francesa.

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