GM e Andretti avançam em projeto para entrar na Fórmula 1 em 2026

Mudanças na liderança da Andretti Global e parcerias estratégicas com a General Motors fortalecem o plano de criação de uma 11ª equipe na F1, com estreia prevista para 2026

A entrada da General Motors (GM) na Fórmula 1 está mais próxima de se concretizar após mudanças significativas na liderança da Andretti Global e avanços nas negociações com os órgãos reguladores do esporte. O projeto, iniciado por Michael Andretti, agora tem Dan Towriss como figura central na negociação. A parceria com a GM, que planeja utilizar a marca Cadillac, visa estrear uma equipe na categoria em 2026, segundo informações da imprensa europeia.

Em setembro de 2024, Michael Andretti cedeu o controle majoritário da Andretti Global para Dan Towriss, mudança que teria aumentado a credibilidade ao projeto na visão da Formula One Management (FOM). A proposta original de Andretti havia sido aprovada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), mas rejeitada pela FOM, que representa os interesses comerciais da categoria. A FOM alegava que a entrada da Andretti não agregaria valor competitivo ou financeiro suficiente à Fórmula 1.

A resistência à entrada de uma nova equipe também levantou questionamentos regulatórios com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos iniciando uma investigação sobre possíveis práticas anticompetitivas por parte da Liberty Media e das equipes estabelecidas na F1. Apesar disso, figuras importantes como Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes, e Fred Vasseur, da Ferrari, mostraram-se abertas à ideia, desde que houvesse um claro benefício para o esporte.

A entrada da GM é vista como um fator decisivo para o sucesso do projeto. Inicialmente, a marca Cadillac será usada como bandeira da equipe, enquanto motores próprios serão desenvolvidos apenas para 2028. Até lá, a equipe precisará utilizar propulsores de outros fornecedores, com a Ferrari e a Honda sendo as favoritas para participar do projeto. Há também a possibilidade de aquisição de propriedade intelectual de fabricantes já estabelecidos para viabilizar as temporadas iniciais.

A base de operações da equipe está localizada em Silverstone, Reino Unido, o que garante proximidade com outras equipes e fornecedores. Além disso, a Andretti contratou Pat Symonds, ex-diretor técnico da F1, para liderar a parte técnica do projeto, reforçando a expertise necessária para competir no mais alto nível.

A expansão para uma 11ª equipe reflete o interesse crescente da Fórmula 1 em mercados globais, especialmente nos Estados Unidos, onde o esporte tem ganhado popularidade nos últimos anos. O envolvimento de uma marca icônica como a GM não apenas reforça o apelo comercial, mas também atrai novos investimentos e audiências para a categoria.

Com a decisão final prevista para as próximas semanas, as negociações entre GM, Andretti Global, FIA e FOM se intensificam. Caso aprovada, a entrada da equipe não apenas marcará o retorno da família Andretti à Fórmula 1, mas também abrirá caminho para novos modelos de parcerias e expansão no esporte.

Embora ainda existam incertezas sobre a decisão da FOM, a mudança de liderança e a colaboração com a GM trouxeram novo ânimo ao projeto. O potencial para introduzir motores Cadillac na competição a partir de 2028 é um indicativo de que a GM não está apenas interessada em fazer parte do grid, mas também em competir no mais alto nível tecnológico e esportivo.

FOTO: Andretti Global/GM

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