Após impressionar em suas primeiras corridas pela Williams, o jovem argentino atrai o interesse de outras equipes da Fórmula 1
O argentino Franco Colapinto, de 21 anos, tornou-se uma das figuras mais comentadas na Fórmula 1 em 2024. Suas performances pela Williams, desde que substituiu Logan Sargeant, revitalizaram a equipe e o colocaram na mira de duas equipes para 2025: Red Bull e Alpine. Com talentos sendo avaliados e contratos sendo rediscutidos, Colapinto pode ser a chave para novas estratégias no próximo campeonato.
Red Bull, através de Christian Horner, elogiou as qualidades de Colapinto, mas enfrenta resistência interna de Helmut Marko. Já a Alpine, sob a liderança estratégica de Flavio Briatore, pode abrir espaço para o piloto argentino, o que abalaria as expectativas de Jack Doohan, já anunciado para 2025.
Franco Colapinto entrou para a elite da Fórmula 1 em 2024 de forma repentina, substituindo Logan Sargeant na Williams. Em pouco tempo, ele mostrou que sua presença era muito mais do que temporária, marcando pontos importantes e garantindo um lugar de destaque no paddock. Com um 8º lugar no Azerbaijão e um 10º nos Estados Unidos, Colapinto não só pontuou pela equipe, mas também quebrou um jejum de mais de quatro décadas, tornando-se o primeiro argentino a pontuar na F1 desde 1982.
Esses resultados transformaram Colapinto em uma peça valiosa no mercado de pilotos, e gigantes como Red Bull e Alpine rapidamente começaram a se movimentar. Christian Horner, chefe da Red Bull Racing, reconheceu o potencial do piloto e deixou claro que ele está no radar da equipe para 2025: “Colapinto é um piloto interessante. Ele superou expectativas na Fórmula 2 e mostrou-se ainda mais capaz na F1. Seria um erro não considerar sua contratação”, disse Horner à Auto Motor und Sport.
Por outro lado, Helmut Marko, figura influente na Red Bull conhecida por sua rigidez ao lidar com jovens talentos, demonstrou ceticismo. “Temos um programa de desenvolvimento de jovens pilotos robusto. Não precisamos buscar fora. No momento, não vejo nenhum fenômeno que supere nossos atuais talentos”, declarou Marko em entrevista. Essa posição contrasta com a visão de Horner, indicando um possível embate interno na Red Bull quanto à abordagem sobre Colapinto.
A Alpine, por sua vez, observa atentamente as movimentações do mercado e pode estar pronta para dar um golpe estratégico. Flavio Briatore, conhecido por suas decisões ousadas e seu papel renovado como conselheiro da equipe, teria manifestado interesse em Colapinto. A intenção seria escalá-lo ao lado de Pierre Gasly para 2025, criando uma dupla competitiva e renovada. Isso, no entanto, implicaria uma reviravolta para Jack Doohan, piloto reserva da Alpine que está pronto para estrear na equipe principal. O movimento deixaria Doohan em uma situação complicada, colocando em dúvida seu futuro no time francês.
A negociação, porém, vem com um preço. A Williams, ciente da ascensão meteórica de Colapinto e de seu crescente valor, estipulou uma taxa de liberação de US$ 20 milhões para quem quiser contratá-lo antes do fim de seu contrato. Esse valor reflete não só seu desempenho, mas também a importância de Colapinto para a equipe em meio a uma temporada desafiadora em que ele somou pontos vitais na briga com a Alpine pelo 8º lugar no campeonato de construtores.
A situação é ainda mais complicada pelo fato de que a Red Bull pode passar por mudanças em sua equipe titular. Sergio Perez, piloto da Red Bull que tem enfrentado uma temporada difícil em 2024, não terminou no top 10 em várias corridas, incluindo o GP de São Paulo, onde abandonos de outros carros não foram suficientes para que ele pontuasse. Sua posição fragilizada faz com que nomes como Colapinto sejam considerados para uma eventual substituição.
Apesar disso, Marko insiste que a equipe já possui talentos em seu programa de jovens pilotos e que Colapinto precisaria se destacar ainda mais para justificar sua contratação. “Nós temos Christopher Feghali, Rocco Coronel e outros talentos em ascensão. Não precisamos de adições externas que não sejam excepcionais”, reforçou o conselheiro.
Com as atenções divididas entre a confirmação de novos talentos e a busca por vitórias consistentes, o próximo ano promete ser agitado para o mercado de pilotos. A escolha de Colapinto, seja pela Red Bull, pela Alpine ou ficar na Williams, não será apenas um movimento para preencher uma vaga. Ele pode representar uma reconfiguração das estratégias e da competitividade na Fórmula 1, marcando o início de uma nova era para o automobilismo argentino e para as equipes que se envolverem em sua contratação.
O desfecho dessa disputa pode ter implicações profundas para as próximas temporadas. Colapinto, uma promessa em ascensão, terá a chance de mostrar se seu talento é o que falta para que Alpine ou Red Bull alcancem suas ambiçõesna F1.
