Lando Norris venceu a Sprint no Grande Prêmio de São Paulo, após a McLaren optar por trocar seus pilotos a duas voltas do fim, permitindo que o britânico liderasse seu companheiro de equipe Oscar Piastri em uma dobradinha.
Piastri teve uma largada forte e conseguiu se afastar de Norris enquanto Max Verstappen tentava perseguir Charles Leclerc pelo terceiro lugar. No entanto, ao final das 24 voltas, a equipe optou por colocar Norris – que ainda disputa posições no campeonato – à frente, garantindo a ele o máximo de oito pontos.
Verstappen completou o pódio inicialmente, chegando logo atrás de Piastri, mas foi rebaixado para o quarto lugar após uma penalidade de cinco segundos por infringir as regras do Virtual Safety Car (VSC), já que estava acima do tempo mínimo permitido no final do período de VSC. Isso promoveu Charles Leclerc ao terceiro lugar para a Ferrari, enquanto seu companheiro Carlos Sainz ficou em quinto. George Russell, da Mercedes, e Pierre Gasly, da Alpine, ficaram em sexto e sétimo, respectivamente, com Sergio Perez completando os pontos para a Red Bull em oitavo.
Após uma única sessão de treinos na sexta-feira, a Sprint Qualifying aconteceu mais tarde para definir o grid da corrida de 24 voltas e 100 km, na qual pontos seriam concedidos aos oito primeiros colocados, de oito para o primeiro lugar até um para o oitavo.
Norris parecia bem posicionado para garantir a pole, dominando a SQ1 e a SQ2, mas foi seu companheiro Piastri quem avançou na SQ3 e assegurou o primeiro lugar no grid nos momentos finais, relegando Norris ao segundo lugar.
Antes da Sprint, foi confirmado que algumas alterações foram feitas na ordem de largada. A dupla da Aston Martin, Fernando Alonso e Lance Stroll, juntamente com Zhou Guanyu da Kick Sauber – todos eliminados na SQ1 – largaram do pit lane após alterações em seus carros em condições de parc fermé. Todos os 20 pilotos iniciaram com pneus médios, sendo que Pierre Gasly e Liam Lawson optaram por um jogo novo, enquanto os demais utilizaram pneus usados na Sprint Qualifying.
Com a largada limpa no Autódromo José Carlos Pace, Piastri arrancou bem e logo abriu vantagem sobre Norris, enquanto Verstappen tentava superar Leclerc, que manteve sua posição defendendo a linha de corrida. Mais atrás, Ollie Bearman perdeu uma posição para Nico Hulkenberg, enquanto Perez ultrapassou Franco Colapinto, da Williams, para o 12º lugar.
A dupla da McLaren rapidamente se distanciou de Leclerc e Verstappen, que buscava uma maneira de ultrapassar o monegasco, mas não conseguiu, levando seu engenheiro de corrida, Gianpiero Lambiase, a alertá-lo: “Com calma, Max.”
Mais para trás, Perez mostrava ritmo e passou Bearman para o 10º lugar, enquanto Stroll superou Alonso pela 18ª posição. Na metade da Sprint, Norris seguia de perto Piastri, dizendo pelo rádio: “Estou perto.”
Na volta 16, a equipe explicou a Norris que manteriam as posições até a volta final, e duas voltas depois Piastri foi avisado para não dificultar uma possível ultrapassagem de Norris. Verstappen, por sua vez, conseguiu passar Leclerc na curva 4 e começou a reduzir a diferença para os McLarens.
A McLaren finalmente fez a troca de posições na volta 22, colocando Norris na liderança, mas isso deixou Piastri vulnerável a Verstappen, que estava apenas meio segundo atrás. Pouco depois, um VSC foi acionado para remover o carro de Hulkenberg, que abandonou devido a um problema mecânico.
Com o fim do VSC na última volta, Piastri teve que se defender de Verstappen, conseguindo manter a posição e garantindo a dobradinha da McLaren, com Norris cruzando a linha de chegada em primeiro. Após a prova, Verstappen foi penalizado por exceder o tempo mínimo no final do VSC, caindo para o quarto lugar.
Com o resultado, Norris reduziu a diferença no campeonato de pilotos para 44 pontos, enquanto a McLaren ampliou sua vantagem sobre a Ferrari para 34 pontos na classificação de construtores.
FOTO: Fórmula 1/Reprodução
