General Motors negocia compra de motor Renault para entrada na Fórmula 1 com Andretti Global

GM busca adquirir a propriedade intelectual do motor Renault RE26A, desenvolvido para a temporada de 2026, a fim de acelerar seu projeto com a equipe Andretti Global

A General Motors (GM) está em negociações avançadas para adquirir a propriedade intelectual do motor Renault RE26A, projetado para atender às novas regulamentações da Fórmula 1 em 2026, segundo os portais Sport Auto e Auto Jornal, da França. A medida faz parte de um plano estratégico para facilitar a entrada da GM no campeonato por meio da equipe Andretti Global, que aguarda aprovação como a 11ª equipe do grid.

Com a Renault encerrando seu programa de motores de Fórmula 1 após 2025, a GM vê na compra do RE26A uma oportunidade de acelerar o desenvolvimento de um motor Cadillac, possibilitando sua estreia na categoria sem os atrasos associados ao desenvolvimento de uma unidade de potência do zero.

Após o anúncio do fim do programa de motores da Renault na Fórmula 1, previsto para 2025, a General Motors demonstrou interesse em adquirir a propriedade intelectual do motor RE26A, que será introduzido na temporada de 2026. O motor foi projetado pela equipe de engenheiros da Renault em Viry-Châtillon, França, e já passou por testes iniciais em junho de 2024.

A GM, que deseja entrar na Fórmula 1 por meio de uma parceria com a Andretti Global, vê na compra do motor uma chance de acelerar o desenvolvimento de sua unidade de potência, que levaria a marca Cadillac à competição.

Embora a GM tenha experiência no desenvolvimento de motores de alta performance em competições como o WEC e IMSA, a complexidade dos motores híbridos da Fórmula 1 coloca a montadora em desvantagem frente aos concorrentes mais estabelecidos. Adquirir o projeto da Renault permitiria à GM superar essas dificuldades iniciais e concentrar esforços na adaptação da tecnologia para o branding Cadillac.

O RE26A foi concebido para atender às novas regulamentações de eficiência energética e sustentabilidade da Fórmula 1. Embora a Renault tenha decidido encerrar sua produção de motores para a categoria, a fábrica de Viry-Châtillon manterá uma célula de monitoramento tecnológico, o que poderia abrir portas para colaborações futuras com a GM no desenvolvimento contínuo da unidade de potência.

A entrada da GM na Fórmula 1 está diretamente ligada à candidatura da Andretti Global como a 11ª equipe do campeonato. No entanto, o processo ainda está em andamento e nenhuma confirmação oficial foi feita até o momento sobre 2026.

A compra do motor Renault daria à Andretti Global uma vantagem considerável, ao evitar o longo período necessário para desenvolver um motor inteiramente novo.

Apesar das negociações promissoras, alguns desafios permanecem. Um deles é a integração da tecnologia Renault ao estilo Cadillac e as exigências específicas da GM. Outro fator é a incerteza em torno da aceitação da Andretti Global na Fórmula 1, já que a entrada de uma nova equipe depende de aprovação regulatória e acordo comercial com a FOM (Formula One Management).

Mesmo com esses obstáculos, o movimento da GM marca um passo importante na expansão das montadoras norte-americanas para a Fórmula 1, o que coincide com o crescente interesse do público dos Estados Unidos pelo esporte. Caso a parceria entre GM, Cadillac e Andretti Global seja aprovada, a equipe deverá estrear em 2026, ano em que o motor RE26A, rebatizado como Cadillac, poderia estrear nas pistas.

FOTO: Andretti Global/Reprodução

Deixe um comentário