Tribunal holandês decide a favor da Uralkali, permitindo apreensão de carros e equipamentos da equipe Haas após impasse sobre pagamento de US$ 9 milhões
A Haas enfrenta uma batalha judicial acirrada contra sua ex-patrocinadora Uralkali, que culminou na apreensão de bens da equipe durante o Grande Prêmio da Holanda. A medida foi autorizada por um tribunal holandês, após a equipe americana supostamente não ter cumprido o prazo de pagamento de uma dívida de cerca de US$ 9 milhões.
O conflito teve início em 4 de março de 2022, quando a Haas cancelou abruptamente seu contrato de patrocínio com a Uralkali, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia. Desde então, a Uralkali tem buscado reaver parte do valor investido no patrocínio. Em junho de 2024, um tribunal arbitral emitiu uma decisão favorável à empresa russa, determinando que a Haas pagasse a dívida de US$ 9 milhões.
Com o prazo de pagamento expirado, a Uralkali entrou com uma ação judicial nos Países Baixos para apreender os bens da Haas, incluindo carros e equipamentos de corrida. Oficiais de justiça, acompanhados por policiais, visitaram a equipe durante o Grande Prêmio da Holanda em Zandvoort, bloqueando a saída dos bens do país até que o pagamento seja realizado.
A Uralkali alegou que, apesar de múltiplas tentativas de negociação, a Haas não ofereceu uma resposta satisfatória sobre a forma de pagamento ou a entrega de um carro de corrida, como parte da decisão judicial. A empresa russa comemorou a decisão do tribunal e afirmou que espera uma resolução rápida da situação, desconsiderando as alegações da Haas de que as sanções internacionais contra empresas russas justificariam o atraso no pagamento.
A Haas, por sua vez, declarou que está trabalhando junto a seus advogados para assegurar que qualquer pagamento seja feito em conformidade com as sanções internacionais. A equipe ainda não comentou publicamente sobre o impacto que a apreensão dos bens pode ter em suas operações nos próximos Grandes Prêmios da temporada.
Essa disputa ilustra os desafios que as sanções internacionais e as tensões geopolíticas podem impor às parcerias comerciais, especialmente em esportes globais como a Fórmula 1. Enquanto a Haas tenta navegar por esse cenário complexo, a Uralkali se mantém firme na cobrança do que considera seu direito legítimo, prometendo seguir com as ações legais até que o pagamento seja efetuado.
FOTO: Mark Thompson/Getty Images
