Equipe americana em parceria com a General Motors já colocou seu primeiro prototipo no túnel de vento
Em um movimento ousado que poderia reconfigurar a paisagem da Fórmula 1, a renomada dinastia de corridas Andretti está avançando com os preparativos para sua estreia na F1. Em colaboração com a General Motors (GM), a Andretti já possui um modelo de carro de Fórmula 1 no túnel de vento, e as peças já estão em produção. No entanto, há um obstáculo significativo – a equipe ainda não obteve aprovação para ingressar na F1, e as 10 equipes existentes estão resistindo à expansão devido a receios de instabilidade financeira.
A FIA, órgão regulador da F1, deu luz verde para a entrada da Andretti na grade, mas a Formula One Management (FOM) ainda precisa aprovar sua candidatura para as temporadas de 2025 ou 2026. A expansão da grade tem encontrado resistência das equipes existentes, citando preocupações com a diluição potencial do prêmio em dinheiro. A decisão agora está nas mãos da FOM, e um veredicto é esperado em breve.

Sem se deixar abalar pela incerteza, a Andretti está avançando com seus preparativos, já tendo uma base satélite totalmente operacional em Silverstone, Reino Unido, complementando sua sede em Indianápolis. A equipe conta com uma equipe técnica formidável, com figuras-chave como o Diretor Técnico de F1, Nick Chester, o Chefe de Aerodinâmica, Jon Tomlinson, e o Designer Chefe, John McQuilliam, todos com extensa experiência na F1.
A Andretti está construindo uma equipe que não visa apenas participar, mas vencer na F1. Com mais de 120 funcionários dedicados à operação de F1, o grupo técnico da equipe rivaliza com o de equipes menores já estabelecidas na F1. Chester, em sua primeira entrevista desde que ingressou na equipe, expressou entusiasmo pela cultura proativa de construir uma equipe do zero e atrair talentos de equipes consolidadas como Red Bull, Ferrari, Mercedes e McLaren.
Para garantir a competitividade na entrada, a Andretti já está na fase de design de seu carro, utilizando Dinâmica de Fluidos Computacional (CFD) para um modelo de 2023. Um chassi em tamanho real deve estar pronto até meados de 2024 para testes de protótipos. A abordagem pró-ativa da Andretti reflete uma compreensão dos desafios históricos enfrentados por novas equipes na F1.
Um fator significativo na oferta da Andretti é sua parceria técnica com a marca Cadillac da GM. A GM não apenas fornece suporte técnico, mas se comprometeu a desenvolver um programa completo de motores de F1 até 2028, tornando-se o fornecedor de unidades de potência para a equipe Andretti Cadillac. O envolvimento da GM é fundamental para o projeto, com cerca de 50 engenheiros da GM trabalhando no programa de F1 e contribuindo para aspectos-chave como modelos de túnel de vento e fabricação de peças.
A incerteza em curso, no entanto, levanta questões sobre o que acontecerá se a F1 rejeitar a oferta da Andretti. Embora a FIA esteja satisfeita com os planos da equipe, a avaliação comercial da F1 é o último obstáculo. O CEO da F1, Stefano Domenicali, tem sido cauteloso sobre a expansão da grade, e a oposição das equipes existentes permanece inalterada. A decisão sobre a Andretti pode ter implicações mais amplas para futuras negociações do Acordo de Concórdia, com discussões sobre o aumento da taxa de diluição.
Apesar do jogo de espera, a Andretti permanece confiante no valor que traz para a F1, afirmando que negar a oportunidade de uma verdadeira equipe de fábrica americana seria um desserviço aos fãs de corridas em todo o mundo. Enquanto a equipe se concentra em construir um carro e uma equipe competitivos, a expectativa por um veredicto da F1 permanece em alta.
