PitstopF1 Contos #027: O Homem de Gelo

O piloto finlandês foi campeão de 2007, sendo até hoje o ultimo titulo de pilotos da escuderia de Maranello.

Kimi Matias Raikkonen nasceu no dia 17 de outubro de 1979 em Espoo, na Finlândia. É conhecido como “Homem de Gelo”, pela sua frieza ao dar respostas nas entrevistas e pela sua técnica afiada e precisa em pilotar o carro mesmo em situações desesperadoras, mas algumas vezes sendo bastante explosivo nos rádios de equipe contra os outros pilotos. É o segundo maior em participações de GP e uma das personalidades mais carismáticas da história da categoria. Sempre foi pródigo no kart de seu país e não é à toa que não fez categoria de base, porque no ano que iria competir na fórmula 3 o dono da equipe Sauber, Peter Sauber, o contrata para ser piloto titular no ano de 2001, mesmo com toda a dificuldade de kimi conseguir sua superlicença.


Após um ótimo ano de estreia na F1 e inclusive pontuando na corrida inaugural da temporada com o carro abaixo das expectativas da Sauber, Kimi é contratado pela McLaren para temporada 2002, com indicação de seu compatriota, o bicampeão Mika Hakkinen que se aposentou no final de 2001. Com um carro mais competitivo, Kimi começou a brigar por vitórias e pelo título com frequência, mas seu famoso azar sempre o impedia de ser campeão, o motor explodia quando estava para vencer e liderar o campeonato ou sua suspensão quebrava na última volta quando ele estava para diminuir a distancia dos lideres. Esses foram os maiores problemas do finlandês, que apesar de tudo, teve uma ótima passagem pela equipe de Working.


O homem de gelo foi o escolhido para ser o substituto do Heptacampeão Michael Schumacher na Ferrari após sua aposentadoria ao final de 2006. Já na estreia faturou o GP da Austrália, mostrando a todos que seu objetivo era deixar seus vice-campeonatos (2003 e 2005) e seu azar para trás e ser campeão mundial. Ao total foram mais 5 vitórias e 6 pódios, além pilotar com maestria Kimi contou com a briga interna entre os dois pilotos da McLaren que o fizeram ganhar seu único título com uma diferença de 1 pontos sobre seus adversários (110 a 109).


Após o título, Kimi parecia que tinha perdido toda aquela gana que tinha no começo de 2007. Deu a entender que tinha se acomodado no seu sucesso. Apesar das 3 vitórias, não conseguiu mais estar nas disputas de título em 2008 e 2009, o que fez a equipe Ferrari não renovar seu contrato para 2010, a equipe contratou Fernando Alonso para seu lugar, que fez Raikkonen ficar fora da Categoria correndo por Nascar, Indy e até mesmo Rally. Ele Retornou apenas em 2012 com a nova equipe Lotus Renault, não sendo a mesma de Colin Chapman, onde ficou 2 anos e conseguiu 2 vitórias e 4 pódios numa equipe que não era de ponta.



O destino sempre pregou peças ao homem de gelo. Após a sua passagem com a Lotus, a mesma equipe que havia demitido o contrata novamente. Em 2014 ele correu pela Ferrari novamente, agora sem muita pompa, sendo apenas o segundo piloto da equipe. Primeiro para Alonso e depois para Vettel, vencendo apenas uma vez e conseguindo diversos pódios sem nenhuma vez disputar com possibilidade de ser campeão. Sua nova passagem com a equipe de Maranello terminaria em 2018.


A ultima equipe de Kimi foi Alfa Romeo, mas com um dos piores carros do grid, o máximo que o homem de gelo conseguia é pontuar em algumas corridas e às vezes ele tem algum lampejo do seu antigo talento como no GP de Portugal de 2020, em que ele largou em 16o e ao final da primeira volta estava em 6° e no final da temporada 2021 Raikkonen se aposentou da Fórmula 1 com 342 largadas, 103 podios,21 vitorias e 18 pole pósiton por cinco equipes diferentes.

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