Pitstop contos #11: o anjo da guarda

Sir John Young Stewart, nasceu no dia 11 de junho de 1939 em West Dunbartonshire na Escócia, foi um dos primeiros corredores da Formula 1 a usar capacete completamente fechado e um dos que mais brigou pelo aumento da segurança para os pilotos.

Stewart iniciou sua carreira na categoria pela BRM no ano de 1965, já aparecendo seu talento nato no ótimo carro da BRM– o BRM P261 – equipado com motor de fábrica V8 aspirado 2.0. Já no seu ano de estreia, conquistou três vezes o segundo lugar, uma vez terceiro e uma vitória no GP da Itália, sendo considerado uma primeira temporada a acima da média ficando em terceiro lugar no campeonato de piloto.

Após aparição meteórica no primeiro ano, seus próximos dois anos foram péssimos.

Primeiro fator foi que teve diversos abandonos pela queda dramática da equipe BRM nesses anos e segundo e mais impactante, foi seu fortíssimo acidente que aconteceu no GP da Bélgica em Spa-Francorchamps de 1967, quando ele perdeu o controle de sua BRM na curva Masta Straight, o que o levou a girar e cair numa vala que dividia o autódromo com a parte de fora ficando preso dentro do cockpit e sendo encharcado por gasolina, mas graças aos pilotos Graham Hill e Robert Bondurant , John conseguiu sair apenas com ferimentos leves mas vivo.

Apesar dos anos abaixo do esperado na BRM foi ano de 1968 que Jackie decidiu se mudar para a equipe Francesa Matra aonde ficou por dois anos, com os seguintes chassis MS10 e MS80, ambos motorizados pelos Ford Cosworth V8 alcançou um total de nove vitórias, seis vezes o segundo lugar, o vice campeonato de 1968 e o seu primeiro título em 1969. Cumprindo todas as expectativas da impressa e dos fãs do começo de sua carreira e sendo o primeiro título de construtores de uma equipe francesa na história da categoria.

No começo da década de 70, uma parceria foi iniciada entre a Matra a equipe britânica Tyrrell fez Jackie trocar de escuderia, sendo essa a última de Stewart. Ao Total foram 16 vitórias em 4 anos inclusive bateu o recorde de vitória do seu amigo e compatriota Jim Clark, conquistando 2 títulos (1971,1973) e um vice-campeonato (1972). Esses foram os resultados em 4 anos pela escuderia Britânica, os Tyrrell na 003 e Tyrrell 006, ambos com motor da Ford Cosworth, que se tornou a referência na  década de 70 como o melhor e mais confiável motor.

No Último GP de 1973, logo depois de confirmar o seu tricampeonato, ele que sempre lutou pela segurança dos pilotos nas pistas, viu seu companheiro de equipe, o francês François Cevert perder o controle de sua Tyrrell que fez bater e capotar e graças ao Guard Rail que o, degolou, Stewart fica traumatizado e se aposenta das pistas imediatamente. Apesar disso, seus esforços fora da pista fizeram com que todos os pilotos futuramente usassem os capacetes completos, assim como outras medidas de segurança que salvariam vidas até hoje.

Jackie Stewart volta ao circo da Fórmula 1 em 1997, mas agora como dono e chefe da sua equipe, a Stewart GP. Voltou sem muito destaque e apesar de possuir o motor Ford de fábrica, foram 3 temporadas com uma vitória no GP da Europa de 1999 com o piloto Johnny Herbert e uma pole position no GP da França do mesmo ano, pelo piloto brasileiro Rubens Barrichello. Teve mais 2 pódios também conquistados pelo piloto brasileiro e muitos abandonos pela pouca confiabilidade do motor e das peças. Isso gerou uma crise e uma dívida enorme, que fez Stewart vender a equipe para a própria Ford, que fundaria a equipe Jaguar Racing no ano de 2000.

Jackie deixou a categoria com 99 largadas,27 vitorias ,43 podios e 7 pole positons .

Deixe um comentário