Artigo: O Automobilismo devia essa vitória ao Rubinho

Rubens Barrichello é o piloto brasileiro com mais largadas na maior categoria do esporte mundial, a Fórmula 1 (322) somente Fernando Alonso e Kimi Raikkonen tiveram mais. Ele correu por duas das mais tradicionais equipes da categoria, Ferrari e Williams. Conseguiu vencer 11 vezes, foi um dos protagonistas da meteórica Brawn GP, entre outros feitos. Mas o dia mais feliz de sua vida, segundo ele mesmo, foi este domingo dia 11 de dezembro, aos 50 anos de idade. Rubens Barrichello tornou-se bicampeão da Stock Car.

Mesmo com todas as vitórias e feitos, Rubinho passou boa parte da sua vida sob a fama de “lento”, “eterno vice”, “fraco”, entre outras ofensas. Ele teve a maior pressão que um piloto (talvez atleta) tenha tido na história do esporte brasileiro, Rubinho tinha que ser o novo Senna, não se aceitaria nada menos do que isso.

A partir daquele fatídico dia 1° de maio de 1994, qualquer coisa que não fosse a excelência era pouco para a opinião pública.

Rubinho passou 14 temporadas na Fórmula 1, sendo cinco ou seis temporadas com carros que possibilitariam brigar por vitórias e até por títulos, mas o esporte não se resume a talento e competitividade, há muito mais do que isso.

Barrichello enfrentou o homem que quebrou todos os recordes da Fórmula 1 em seus anos de Ferrari. Schumacher, aquele que venceu o mundial sete vezes, era o “colega de box” que Rubinho deveria bater em Maranello. Somente ele.

Por perder de Schumacher e, por vezes, deixar o alemão passar, Rubinho tornou-se chacota. Programas da TV passavam vários e vários minutos zombando e fazendo piadas com a suposta lentidão de Rubens.

Se tem alguém que teria o direito de não gostar de automobilismo e do Brasil, esse alguém era ele. Mas não foi o que aconteceu, Rubinho é um “cabeça de gasolina”. Ele não para até com que não possa mais continuar.

Corre de qualquer veículo que tenha um motor, se deixar ele está lá tirando tempo e acertando o veículo para que seja o mais rápido possível, seja um kart, um Fórmula 1 ou um Stock Car.

Voltamos para a tarde deste domingo, dia 11. Rubinho foi campeão da Stock Car, pela segunda vez, no mesmo fim de semana que viu seu filho Fefo e seu sobrinho Pipe vencerem o pela F4.

O que aconteceu dentro da pista? Sinceramente, pouco importa. O automobilismo devia à Rubens um título em Interlagos!

Rubinho continuará correndo, sendo rápido e impressionando a todos os “cabeças de gasolina”, como nós e como ele mesmo.

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